Diploma do IST uma mais valia no mercado de trabalho
9 de fevereiro, 2012
A empregabilidade dos diplomados é um domínio de importância vital para as Instituições de Ensino Superior (IES) pois enquadra-se numa das principais funções do Ensino Superior: preparar quadros especializados para o desempenho de funções técnicas e científicas na sociedade e no tecido económico. Esta faceta tem ainda naturais repercussões ao nível das exigências legais (RJIES, A3ES e GPEARI), do financiamento das IES, das exigências de natureza social (peso atribuído pelos estudantes na ponderação do curso que escolhem) ou na dimensão interna da qualidade da Gestão (Planeamento Estratégico e Sistemas de Gestão da Qualidade).
O IST tem acentuado as suas preocupações, manifestadas, por exemplo, através da constituição de um Observatório de acompanhamento e monitorização da Empregabilidade dos seus Diplomados (OEIST), formalmente criado em 2008, o qual tem elaborado diversas análises sobre a empregabilidade dos diplomados do IST, colaborando ainda nos estudos sobre esta temática promovidos pela UTL. Iniciativa de grande relevância ao nível da empregabilidade foi ainda a criação no IST da Área de Transferência e Tecnologia (ATT) em 2010, vocacionada para a dinamização da gestão e valorização da propriedade intelectual e a criação de condições para o fomento do empreendedorismo e da criação do autoemprego, mas também na sensibilização dos alunos para os processos de negociação com os futuros empregadores, numa valorização permanente do seu diploma.
A crise e os problemas socioeconómicos que afetam Portugal e a Europa tendem a condicionar a qualidade da oferta do mercado de trabalho e a condicionar as condições de acesso dos diplomados ao mesmo. No caso do IST, tendo em conta a qualidade da formação e as áreas cobertas, este problema não se tem colocado. A última recolha de dados efetuada em 2010/2011 a dois conjuntos de diplomados (2009 e 2005, respetivamente com, 1 ano e 5 anos de experiência profissional) revelou que em relação aos recém-diplomados (2009), mais de 50% estavam empregados antes de concluído o curso (e 95% até 6 meses após a conclusão do curso). Refira-se que os diplomados de 2005 não tinham valores de inserção no mercado de trabalho tão favoráveis (42% antes de concluído o curso). Este fator de inserção não pode ser dissociado do elevado número de diplomados que exercem funções na sua área de formação (mais de 80% em ambos os conjuntos).
A candidatura espontânea, os contactos pessoais e a resposta aos anúncios de emprego são as 3 formas mais frequentes de colocação profissional, destacando-se também, o papel relevante que o Job Bank do IST (http://tt.ist.utl.pt/desenvolvimento-de-carreiras-alunos/job-bank-ist/) tem protagonizado no âmbito da ATT (6% dos recém diplomados obtêm emprego através desta estrutura). As formas de autoemprego sendo mais relevantes que há uns anos atrás, continuam a representar uma fatia pouco significativa do emprego total dos diplomados do IST (cerca de 7%), o que permite acolher uma forte possibilidade de crescimento futuro e de aposta nesta valência. No que diz respeito à tipologia contratual, destaca-se que, após 5 anos de integração profissional, cerca de 73% dos diplomados possuem vínculo estável, sinal do reconhecimento que o diploma do IST pode proporcionar.
As principais áreas de atividade onde se concentram os diplomados do IST são a consultoria científica, técnica ou similar (ex: consultoria de projetos, consultoria de gestão ou atividades de investigação e desenvolvimento), as TIC’s, as Indústrias Transformadoras, a Construção e a Educação, que após 5 anos de integração no mercado de trabalho pouco diferem do panorama visualizado nos recém-diplomados. Entre os principais empregadores contam-se empresas de referência nas áreas das telecomunicações, energia, indústria, tecnologias de informação, atividade bancária ou consultoria.
A internacionalização ocupa um fator chave na colocação dos diplomados do IST, concentrando-se no estrangeiro 18% dos diplomados de 2005 e 11% dos diplomados de 2009, nomeadamente em países europeus como sejam o Reino Unido, a Alemanha, a Espanha e a França, sinal claro do reconhecimento internacional das competências dos diplomados do IST.
No capítulo da remuneração as perspetivas são bastante interessantes, nomeadamente olhando para a evolução que em 4 anos os diplomados do IST conseguem obter: com 1 ano de experiência profissional, auferem em termos médios (salário fixo + variável) 1441 Euros mensais e com 5 anos de experiência profissional 2552 Euros mensais.
Tendo em consideração os bons indicadores de empregabilidade do IST, não surpreende que mais de 80% dos diplomados recomendem a escola a potenciais candidatos ao Ensino Superior, e em 75% dos casos no respetivo curso.
O IST continua a ser uma escola responsável pela formação de recursos humanos com elevada competência e impacto em áreas chave para o desenvolvimento social e económico do país. Esse reconhecimento é feito pelas entidades empregadoras, que valorizam os diplomados do IST através de vínculos estáveis, bem remunerados e com uma procura acentuada mesmo em período anterior à conclusão do curso.
Prof. Eduardo Pereira – Vice-reitor da UTL
Rui Mendes – Responsável pelos Estudos e Projetos e Observatório de Empregabilidade
Original in Newsletter IST, 9 de fevereiro de 2012